Por Leonardo Marioto
Muito se fala por aí que ser perfeccionista é um erro. É um defeito, e
como todo defeito tem de ser corrigido. Primeiramente trago a definição
de perfeccionista segundo Raymond Cattel, psicólogo britânico, sendo
aquele sujeito descrito como "organizado, disciplinado, sentimental, sem
vida social e exageradamente compulsivo." Esta pessoa faz uma busca
constante e incansável da perfeição em seus mínimos detalhes. Ela deseja
que tudo que saia sobre suas mãos, saia como algo primoroso, e idealiza
seus projetos e objetivos. Busca querer ser sempre o melhor em que se
propõe a fazer, almeja sempre melhorar, e quase nunca, está contente com
o trabalho realizado, pois sempre acha que poderia ter alguma coisa a
ser melhorada. O perfeccionista está sempre empenhado com o trabalho
realizado. Deseja que seu trabalho seja o melhor, sempre o melhor. O
perfeccionista não deseja que nada fuja de seus planos, é um sujeito
teórico, tem algumas semelhanças com os metodistas, porém os metodistas
sempre seguem suas regras e procedimentos, já perfeccionistas possuem a
coragem de mudar, se há algo para ser mudado. Sempre acham que poderia
ser o melhor, se acaso não foi. E quem disse que não podemos ser assim?
É claro que estou utilizando o termo não em sua forma intrínseca de
significado, pois como podemos ver a definição de perfeccionista seria
uma pessoa que, em sua cognição, só se é aceito se for perfeita. Porém
quero chegar a um lugar que nos levará a pensar sobre o perfeccionismo
de forma a ser tratada como uma qualidade, e, este sujeito que digo ser
perfeccionista, não é o perfeccionista verdadeiro da literatura, mas
como já disse, estou utilizando o termo de forma grosseira, mudando um
pouco seu significado, com o intuito, de buscar o entendimento de todos.
Podemos sim ser perfeccionistas, podemos querer sempre o melhor, podemos querer sempre que algo saia como planejamos, querendo sempre o melhor projeto, podemos querer ser sim e acreditarmos que somos bons em muitas coisas, e que dentre destas muitas coisas, podemos fazer o melhor. Mas a chave principal deste perfeccionista, não é querer sempre fazer o melhor, mas sim, não se frustrar por não ter conseguido ser o melhor, que nomeio de ‘’O perfeccionista não neurótico’’, pois se utiliza muito mais da racionalidade do cérebro com sua inteligência emocional invejável, e deixa suas emoções que tanto o abalavam, para lado. Ele sabe utilizar o seu cérebro a seu favor, pois ele compreende que nossa mente tem um poder extremamente grande. Podemos nos transformar em formiguinhas, ou em gigantes, sabendo lidar com nossas emoções de forma mais prática e natural. Não há nenhum mau em querer buscar sempre ser o melhor nas coisas que faz, na pior das hipóteses, você conseguirá ser um dos melhores. Mas mais uma vez, não podemos nos frustrar por não ter conseguido realizar algo de forma formidável.
Busquem o perfeccionista não neurótico que está dentro de si, busque sempre melhorar em suas coisas, e seja humilde o suficiente para saber que você sempre poderá melhorar em alguma coisa, e deve estar sempre com este pensamento de crescimento dentro de si. Este espírito motivacional é que nos impulsiona a grandes realizações em nossas vidas profissionais e sociais. Esteja sempre atualizado em sua área, em seus projetos e objetivos. Encontre o conhecimento teórico e prático no dia-a-dia. Sempre dê o seu melhor, nas situações que se propõe a fazer, se acaso desejar. Encontre o seu equilíbrio emocional. Não podemos viver extremamente focados no trabalho ou extremamente focados em nossa vida social. Para se ter uma vida equilibrada, devemos buscar estar de acordo com nós mesmos, e estar em sincronia com todos os aspectos que nos é imposto, como por exemplo, trabalho, vida social, familiar, entre muitas outras coisas. E por fim, se mesmo assim, nada der certo, não se culpe, não se julgue, apenas levante a cabeça, e literalmente, saia a luta novamente, pois, mais uma vez, na pior das hipóteses, você conseguirá algo, qualquer que seja este algo que almeje.
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