Por Elisabete de Oliveira
Em meio a tantas mudanças de um mundo globalizado, com informações e
estímulos que mudam em tempo real, encontrar a felicidade no trabalho
parece um grande desafio. Mas, felizmente, pesquisas mostram que o
índice de felicidade dos trabalhadores aumentou significativamente entre
o ano de 2001 e 2012. Um estudo divulgado semana passada pelo Instituto
Datafolha mostra que três em cada quatro brasileiros se sentem felizes
com o trabalho. O fato é que, encontrar essa tal felicidade nos garante
diferencial competitivo, satisfação e grandes realizações.
Obviamente, para ser feliz, o primeiro passo é encontrar a profissão
certa. De maneira que aproveitaremos o potencial criativo e nato de cada
ser humano, sem interferência de modelos ou estilos que possam nos
moldar ou criar inseguranças diante da dificuldade de aplicar. Para
tanto é fundamental se identificar com a carreira e fazer com paixão!
Paixão é o "ingrediente" que vai incrementar a vida e garantir a
felicidade. Recentes estudos da neurociência falam da importância em
integrar os dois hemisférios do cérebro. Quando realizamos com paixão,
há a integração desses hemisférios e a ação de se permitir e
experimentar.
Essa permissão é como um passaporte, que vou chamar aqui de fase da
preparação. Possibilita montar nosso próprio roteiro e experimentar as
opções pelo qual nos identificamos. A pessoa tem o passo livre para
consultar profissionais dessa mesma área, perguntar sobre prós e
contras, pesquisar, experimentar por meio de trabalhos voluntários ou
estágios a fim de responder as questões sobre anseios e expectativas
para finalmente tomar decisões.
A fase da jornada é marcada pela atuação do profissional. Para
alguns, os próximos passos podem ser mais fáceis! Principalmente se
sustentado pelo primeiro. Esses terão uma visão macro da situação,
identificando rapidamente ambientes saudáveis, fazendo link dos valores
pessoais versus os valores da organização, buscando capacitação,
reciclagem, formações específicas para que possa galgar novos desafios
dentro de sua área de atuação. O salário, tão importante quanto tudo
isso, vai sustentar esse processo, mas não será o fator principal, sendo
apontado em 6º ou 7º lugar no ranking dos motivos que levam um
profissional a deixar seu trabalho.
Outros podem passar pela jornada com certas dificuldades. Esse talvez
seja o sinal para revisar a decisão ao primeiro passo. A escolha talvez
tenha sido pautada somente pelo salário ou por questões familiares,
status ou mesmo pela simples escolha sem critério.
O segredo pode ser encontrado ao responder a seguinte pergunta: o que
eu gosto e quero fazer pelo resto da minha vida? É saber distinguir o
que faço bem, o que gosto de fazer e o que me pagarão para fazer.
Com uma decisão acertada, o profissional não trabalha para a empresa,
mas com a empresa. É um misto de parceria e respeito, garantindo
engajamento, dedicação, foco, responsabilidade, desempenho e resultados
extraordinários ainda que, diante de adversidades. É o fator de
felicidade! E você, é feliz em seu trabalho?
Elisabete de Oliveira - é psicóloga e consultora da M&S, consultoria especializada em desenvolvimento humano.
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