Autor: Maiara
Tortorette
O candidato envia diversos currículos, se prepara e começa a
ser chamado para
fazer entrevistas. Participa de alguns processos seletivos, e de
um deles sai
extremamente satisfeito com seu desempenho e com esperança de
que dê certo. No
entanto, o recrutador não dá nenhuma resposta de imediato e pede
para que ele
aguarde, pois a empresa entrará em contato, gerando grande
expectativa e
ansiedade. Como o profissional deve agir até que o retorno
aconteça?
É comum que, mesmo quando o
selecionador já define qual o profissional mais adequado para a
vaga durante a
entrevista, ele deixe para tomar uma decisão mais assertiva
depois de conhecer
todos os selecionados. Além disso, em algumas empresas, não é o
RH que toma
essa decisão, por isso é necessário aguardar uma resposta do
gestor da área, ou
até mesmo do dono ou presidente da organização, por isso é
importante que o
candidato seja paciente e não desanime até ser contatado.
De acordo com os dados da mais
recente Pesquisa
dos Executivos,
da Catho Online, o tempo médio entre o primeiro contato da
empresa e a oferta
de emprego é de 1,5 semanas. Este período teve uma grande queda
desde 2007,
quando o período de espera era de quase 3 semanas.
Para Vanessa Pina, diretora de Capital
Humano e Administração da SulAmérica,é importante que a
própria empresa
estabeleça um prazo para retornar, criando assim um compromisso
com o
candidato. “Não existe um prazo definido para que a organização
dê um retorno
aos candidatos. Este tempo varia de acordo com cada processo
seletivo e
necessidade de fechamento da posição. Porém, o ideal é que a
empresa
estabeleça, a cada etapa, um prazo para que o retorno seja dado,
sendo positivo
ou negativo”, afirma.
O relacionamento entre empresa
e profissional começa desde a entrevista, sendo assim a
organização deve
assumir esta responsabilidade e cumprir os prazos definidos.
“Estamos vivendo
uma era de pleno emprego, onde não só a empresa escolhe quem irá
contratar, mas
os candidatos também escolhem as empresas e mercados onde têm
interesse de
atuar. Sendo assim, manter uma relação de confiança e respeito
durante todo o
processo seletivo é fundamental”, explica Vanessa.
Atitudes adequadas
Existem algumas empresas que,
por conta da correria ou por falta de planejamento, acabam
retornando apenas
para os candidatos aprovados, tendo uma atitude errada por
deixar os demais
aguardando um contato que, na verdade, não acontecerá. Situações
com estas
frustram o profissional, e causam uma ansiedade desnecessária,
por isso é importante
que, após determinado período, o candidato busque informações
sobre o andamento
do processo.
“É válido questionar, ainda
durante o processo seletivo, se a empresa entra em contato para
passar o
retorno positivo/ negativo e quais as formas de contato
(telefone, e-mail,
SMS). Com estas informações, o candidato pode contatar a empresa
após o período
acordado, para questionar, de forma sutil, se existe algum
posicionamento”,
sugere Patrícia Kost, gerente de RH da BExpert,
empresa de tecnologia.
Atitudes inadequadas
Devido à ansiedade,
principalmente quando o candidato tem grande interesse pela
vaga, é comum que
acabe cometendo alguns erros ou agindo de forma impulsiva. Sendo
assim, é
importante sempre manter a calma e avaliar se já é realmente a
hora de ir atrás
de um retorno, ou se é adequado aguardar por mais um ou dois
dias.
“Ficar pressionando demais,
solicitar retorno antes do prazo ou pedir feedback logo após a
entrevista, por
exemplo, são atitudes que podem demonstrar ansiedade e
insegurança. Isso
poderá certamente prejudicar o candidato no processo seletivo”,
define
Vanessa. Comportamentos deste tipo são inadequados e podem até
prejudicam a
imagem do candidato.
“Também é fundamental que o candidato
fique atendo aos meios de contato que disponibilizou no
currículo ou na
entrevista, pois pode cometer uma grande gafe e mostrar
impaciência e até falta
de organização caso a empresa já tenha feito tentativas de
contato e o
profissional foi quem não se atentou e deixou de dar um
retorno”,
finaliza Elisabete de Oliveira, psicóloga e
consultora da M&S.
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