Por Euclides B. Junior
Enfim,
terminado o tão esperado carnaval, iniciamos definitivamente o ano de 2013. Um
ano de desafios e mudanças significativas junto às áreas de RH dos órgãos
públicos.
As
demandas dos servidores públicos cada vez mais se assemelham àquelas que vemos
na iniciativa privada, e isso não deveria causar estranheza, pois na essência,
são pessoas que atuam em uma instituição.
O
mundo está em constante mudança e diante disso, decretos como o de nº. 5.707/2006
(discorre sobre obrigatoriedade do desenvolvimento dos servidores sob três
aspectos: Conhecimentos, Habilidades e Atitudes), ganham cada vez mais força no
cenário público. Trata-se de um desafio grandioso e muito trabalhoso, pois
estamos falando de uma mudança de cultura que envolve desde os níveis mais
altos até a base da hierarquia institucional e, como que está relacionado à
cultura não se muda "da noite para o
dia", esta é uma engrenagem que não deixará nunca de funcionar.
No
entanto, há outros desafios e metas a serem alcançados além é claro, daqueles
definidos pelos órgãos superiores e/ou de controle. Nas conversas que tenho
tido com servidores públicos de norte a sul do país, percebo que a essência das
demandas passa por um mesmo núcleo de mudanças. São estes os elementos:
-
promover melhorias significativas na comunicação tanto externa quanto interna
(a segunda, muitas vezes tem vindo em primeiro plano);
-
apresentar aos seus servidores de forma concreta as vantagens de manter-se
nesta ou naquela instituição, evitando assim a evasão promovida pelos famosos
"concurseiros";
-
promover a integração profissional entre profissionais de gerações não apenas
diferentes, mas com formas de pensar tão diferentes e vindos de concursos
promovidos com muitos anos de diferença;
-
por fim, e sem dúvida o mais importante
de todos os desafios: desenvolver os gestores de todos os níveis (estratégico,
tático e operacional) para lidar com todas as mudanças citadas neste texto.
Este
último tópico é, sem dúvida, o mais desafiador de todos os objetivos. Reforço
aqui que não é algo perseguido apenas pelas instituições públicas, é um desafio
diário também das empresas privadas. São os gestores que farão o elo de ligação
entre os profissionais de gestão de pessoas e os seus liderados ou ainda, o elo
de ligação entre o nível mais elevado com a base da pirâmide hierárquica. Se
estes profissionais não atuarem com todos estes objetivos "debaixo do
braço", certamente o motor da instituição perderá não apenas força, mas
também excelente profissionais, credibilidade e etc. Caso isto aconteça. O
cenário será de desgaste, stress, número elevado de licenças médicas concedidas, retrabalhos
constantes e etc.
Não
vamos deixar que isso aconteça! Precisamos trabalhar arduamente, entendendo que estamos vivendo a mudança. O
que queremos deixar para as próximas gerações? Vamos deixar um legado de
desenvolvimento, de construção e aprendizado coletivos, um ambiente que
propicie o crescimento.
O
que estamos esperando?
Mãos
à obra e mais uma vez, Feliz 2013!
Euclides B. Junior
Consultor, palestrante e facilitador
da Leme Consultoria, com especialização em Gestão por Competências e na
Metodologia do Inventário Comportamental para Mapeamento de Competências,
desenvolvida por Rogerio Leme, palestrante e facilitador de treinamentos. É
Psicólogo, Especialista em Gestão Estratégica de Pessoas pela Universidade
Presbiteriana Mackenzie/SP.
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